PEDÓFILOS DA BÍBLIA!



Já tratamos de muitos temas no nosso blog como: riqueza dos pastores, apocalipse, sexo com mulheres na bíblia e outros. Nosso último artigo postado em dezembro de 2010 foi “Os Adúlteros da Bíblia”. Agora, iniciando mais um ano contra as lendas, mitos, mentiras e atrocidades narradas na Bíblia, apresento-lhes nosso novo artigo: “Os pedófilos da Bíblia!”
pedofilia (também chamada de paedophilia erotica oupedosexualidade) é a perversão sexual, na qual a atração sexual de um indivíduo adulto ou adolescente está dirigida primariamente para crianças pré-púberes (ou seja, antes da idade em que a criança entra na puberdade) ou para crianças em puberdade precoce. A palavra pedofilia vem do grego παιδοφιλια (paidophilia) onde παις (pais, “criança”) e φιλια (philia, “amizade”, “afinidade”, “amor”, “afeição”, “atração”, “atração ou afinidade patológica” ou “tendência patológica”, segundo o Dicionário Aurélio). [Wikipédia]
O senador Magno Malta vem desenvolvendo um ótimo trabalho no combate à pedofilia em todo o país. Evangélico, demonstra grande empenho em seguir as doutrinas bíblicas, e abraçou a causa contra a pedofilia com esmero. Para ele não importa se o praticante de pedofilia seja pastor evangélico, padre ou um cidadão qualquer; será enquadrado pela lei do mesmo modo. Mas o que o senador Magno diria se soubesse que parte dos grandes homens e heróis bíblicos eram pedófilos? É o que você, caro leitor, saberá ao terminar de ler este artigo.
MOISÉS E O MANDAMENTO DA PEDOFILIA!
No livro de Números, o quarto livro que compõe o Pentateuco, lemos uma das narrações mais absurdas do Antigo Testamento. Moisés sai do arraial com o sacerdote para receber seu exército vitorioso na guerra contra os midianitas. Vendo que seus “santos” guerreiros haviam deixado as mulheres e crianças vivas, indignou-se e ordenou outra chacina; agora só das mulheres que já tinham tido relações sexuais e das crianças do sexo masculino; quanto às meninas que não tinha tido relações, os seus guerreiros podiam tomá-las por “esposas” [Nm 31.13-18]. Qual a serventia de tais meninas se não fosse para o abuso sexual?
Convido ao leitor a viajar no tempo para o cenário do acontecimento em questão e imaginar o seguinte:
1 – Mulheres e crianças [meninos e meninas] chegando ao arraial de Moisés amarrados como animais e apavorados na expectativa do que estava para acontecer-lhes;
2 – Todas as meninas vendo suas mães e irmãos aos gritos, implorando por suas vidas e sendo traspassados pelas espadas dos santos guerreiros de Jeová;
3 – Após toda a visão de sangue e cadáveres à sua frente, foram “tomadas” por “esposas” dos assassinos de seus familiares e amigos.
As perguntas que não querem calar é:
1- Onde estava Deus que assistiu tudo isso que Moisés ordenou e não fez absolutamente nada para detê-lo?
2- Por que Jeová destruiu Sodoma e Gomorra pelo estupro homossexual e não destruiu ou puniu o Israel pedófilo?
Alguns defensores das atrocidades bíblicas podem alegar sobre a mentalidade da época; o mesmo tratamento que os israelitas recebiam dos outros povos; que foi o próprio Deus que permitiu tal chacina, porque já sabia do futuro em que cada criança se tornaria mais um inimigo do seu povo; blá, blá, blá… Outros podem alegar que tais “meninas” não eram crianças, pois de acordo com a tradição judaica, consideravam como adultos (membros da sociedade) as mulheres aos 12 e os homens aos 13 anos de idade, sendo a cerimônia de transição chamada Bat Mitzvah para as garotas e Bar Mitzvah para os rapazes. Porém, o versículo 17 do capítulo 31 deixa claro que havia meninas entre as mulheres, fazendo separação entre “toda mulher [depois dos 12 anos, segundo a tradição] que coabitou com algum homem”, das “meninas que não coabitaram com algum homem” também.
Além de tudo, nada justifica tal atrocidade contra seres humanos, independente de qualquer raça, causa ou mandamentos religiosos. E mais! Deus, nesse caso, não se importou com os futuros traumas que as meninas teriam [tiveram] ao lado dos assassinos de seu povo, como escravas sexuais e meras parideiras!
SOBRE O LIVRO DE CANTARES DE SALOMÃO
Segundo a Bíblia de Estudos Plenitude, o livro de Cântico dos Cânticos não fornece informações preciosas sobre sua ocasião e data. O livro apresenta o desejo apaixonado entre um homem e uma mulher [Salomão e Sulamita]; contém descrições da mulher juntamente com uma exibição completa dos produtos de seu jardim.
“A Sulamita ajuda a reescrever essa história. Ela executa a dança memorial de Maanaim… Quando encontra a quem ama, ela o detém e não o deixa partir…” [Plenitude, p. 660]
Na verdade, o livro de Cântico dos Cânticos não passa da história de um pedófilo [Salomão] que tem um amor doentio por uma menina [criança] chamada Abisague.
“O Livro de Cantares é um poema lírico, onde se observa muita ênfase ao erotismo, isto é, ênfase ao amor carnal. Escrito poeticamente em forma de canto, é uma verdadeira peça teatral, onde vários personagens participam da trama, dialogando em forma de canto. O tema do livro é o “amor” (8:5-7). Contém, realmente, belíssimos versos de amor e erotismo. Porém, o problema é que o pretendente do drama está a seduzir a pessoa errada, uma garota, adolescente. É de grande valor cultural para os judeus, mas tem algo de estranho no mesmo.” [Blog Nostalgia Gospel]
Também fica clara a relação ilícita entre o casal, pois como vocês verão abaixo, a garota não era casada com Salomão e nem tinha idade para o matrimônio! Esse rei era incrivelmente “sábio” como a bíblia o descreve!
ABISAGUE: A SUNAMITA!
Apresento-lhes uma garota que pouco tem se destacado nos sermões religiosos de todos os seguimentos cristãos. Talvez sua pouquíssima popularidade nas igrejas de hoje seja devido a sua revoltante história narrada no livro de I Reis e do seu romance absurdo em Cantares de Salomão.
Sunamita [ou Sulamita] era a designação usada na época para se chamar uma mulher que habitava na cidade de Suném – que quer dizer: “lugar de repouso”. Localizada a sudeste do mar da Galiléia, entre os montes Gilboa e Tabor, na planície de Jezreel – é herança da tribo de Isaacar. Duas mulheres [?] sunamitas ficaram registradas na Bíblia. Uma delas foi Abisague, a do versículo 3 do capítulo 1 de 1° Reis.
Abisague era uma pobre menina, natural de Suném, na tribo de Issacar, que como toda criança, deveria ter sonhos e planos para o seu futuro. Mas que foram destruídos pela maldade de Davi e seus servos.
Na idade de setenta anos, o rei não mais se aquecendo em seu leito, foi aconselhado por seus médicos [por que não dizer safardanas?] a procurar uma jovem [?] que poderia transmitir o calor necessário. [Que calor uma menina poderia transmitir? Não havia uma concubina que aquecesse esse velho?] Para este fim lhe apresentaram a pequena Abisague, que era uma das mais belas “mulheres” [meninas] em Israel e o rei fez dela sua mulher, sem abusá-la sexualmente. Creio que isto se deu devido ao estado avançado de sua idade, pois de inocente e respeitoso Davi não tinha absolutamente nada!
Após a morte de Davi, Adonias – seu quarto filho e o mais velho dos sobreviventes – exigiu Abisague em casamento, pelo que perdeu sua vida; pois o rei Salomão – filho escolhido por Davi para ser seu sucessor – alegou nisto intento sobre a coroa também. Adonias aspirou ser rei antes da morte do irmão, e teve sua vida poupada somente na condição de uma conduta pacífica. Por este pedido, Salomão irou-se [I Rs 2.22] e deixou transparecer de que seu irmão estava sendo motivado por propósitos políticos; o que caiu sobre Adonias a punição de morte como traidor [I Rs 2.24-25]. Curioso é que por causa de uma coroa se matava até parentes e nem se temia aos mandamentos de Jeová, como por exemplo: “Não matarás!” [Ex 20.13]
Será que a pequena Abisague estava livre para seguir sua vida? Absolutamente não! Ela passou a ser a amante secreta de Salomão e sua vida de ilusão estava apenas começando.
Quando a menina começou a ser “usada” sexualmente por Salomão, supomos que seu pai [Davi] não estava mais vivo, como citado acima; e seu filho sucessor já tinha tornado-se rei, inclusive o próprio livro de Cantares narra quantas esposas e concubinas ele já tinha [Cant 6.8].  Salomão passou a se encontrar às escondidas com Abisague numa vinha herdada por ele [8.11], porque a menina era de idade inapropriada para casar-se e os irmãos dela para protegê-la de Salomão, a colocavam para tomar conta da vinha, longe da vista do amante [1.6b]. Porém Salomão chegava escondido à vinha para seduzi-la [2.8-10]; amavam-se na cama da própria mãe dela [3.1-4]; Não era casada com o rei, porque no capítulo 4 e versículo 16 encontramos o lugar secreto de encontro do casal; o amante retirava-se repentinamente e não se despedia demonstrando que o romance era proibido [5.6]; os guardas de Salomão a maltrataram deixando claro que não a reconheciam como mais uma esposa do rei [5.7] e que era apenas uma menina seduzida por um amor impossível [8.1]; E que seus irmãos a descrevem como realmente uma menina que ainda não tinha nem seios [8.8-9].
NOTA: Segundo a Bíblia Católica traduzida da versão francesa dos Monges de Maredsous, em nota de rodapé; o termo Sulamita empregado em Cant 6.13 [Bíblia Protestante] e Cant 7.1 [Bíblia Católica], significa “oriunda de Sulam, localidade da Galiléia, antigamente chamada Sunam, terra natal de Abisague, escolhida para aquecer o rei Davi em seus últimos dias…” [Bíblia dos Monges de Maredsous, p. 847, 1958]
CONCLUSÃO
Segundo a Bíblia, Moisés recebia orientações diretamente de Deus [Ex 33.11]. Como Deus permitiu que o mesmo ordenasse aos seus guerreiros para tomar meninas por esposas? Deus naquela época não tinha princípios? Era tão troglodita quanto Seu povo? A resposta para essas questões está no simples fato de que Moisés nunca recebeu nenhuma orientação da parte de Deus. Na verdade,  ele agiu como bem lhe convinha!
Assim como o Livro de Ester, Cantares de Salomão também não cita o nome de Deus e nem mesmo consta no grupo dos livros poéticos do Cânon hebreu. O acréscimo “de Salomão” não consta no original e a trama desse romance parece ser uma montagem, porque se misturam parte desse caso amoroso com partes de outros casamentos de Salomão com outras esposas.
Não sabemos até que ponto Abisague participou da vida do rei Davi; porém a narração do livro de Reis deixa dúvida quanto à sua veracidade histórica. Sabemos sim, através do livro de Cântico dos Cânticos que Salomão teve um romance ilícito com a menina, como fruto de uma paixão doentia; e por que não dizer pedófila?
Não espero que nenhum teólogo cristão concorde com este artigo, porém seria apropriado que os cristãos homofóbicos refletissem em suas palavras e parassem de julgar a homossexualidade tomando por “base e fundamento” a Bíblia, a qual foi escrita por homens ignorantes – a exemplo de Moisés que demonstrou ser um líder assassino e tirano!
Os israelitas atualmente demonstram terem herdado a prática ensinada por Moisés de exterminar crianças [Clique aqui]; Há até quem se indigne [alguns cristãos] com massacres de crianças exibidos na mídia atualmente [Clique aqui]; Mas se calam completamente diante dos relatos de mortes e abusos a crianças narrados na Bíblia; livro que os próprios consideram e proclamam de “A Palavra de Deus”!
Andrea Foltz!
BIBLIOGRAFIA
Bíblia Católica dos Monges de Maredsous. São Paulo – SP: Ave Maria, 1958.
Bíblia de Estudo Plenitude. Barueri – SP: Sociedade Bíblica do Brasil, 2002.
Blog Nostalgia Gospel. Livro de Cantares de Salomão: Um caso a questionar! Disponível em <http://miquels007.multiply.com/journal/item/23> Acessado em 22/12/2010.
Wikipedia. Pedofilia. Disponível em <http://pt.wikipedia.org/wiki/Pedofilia>. Acessado em 20/12/2010.