As admoestações!

As admoestações!


09/02/2010

1-Acautelai-vos daqueles que deflagram maldições contra seu próximo em nome de Deus. Estes supostamente acobertados pela Palavra, julgam-se adéptos de Cristo (especificamente como o “apóstolo-fariseu” Paulo) e usam-na para condenar, julgar e matar.
2-Atentai para as palavras de Yaohushua:
3-“… E o Pai a ninguém julga, mas ao Filho confiou todo julgamento…” (João 5.22)
4-“Vós julgai segundo a carne, eu a ninguém julgo.” (João 8.15)
5-“Portanto Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para que julgasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele.” (João 3.17)
6-“Se alguém ouvir as minhas palavras e não as guardar, eu não o julgo; porque eu não vim para julgar o mundo, e sim para salvá-lo.” (João 12.47)
7-Contrariamente as palavras de Yaohushua, lemos no livro de Atos:
8- “Portanto (Deus) estabeleceu um dia em que há de julgar o mundo com justiça, por meio de um varão (Yaohushua) que destinou e acreditou diante de todos, ressuscitando-o dentre os mortos.” (Atos 17.31)
9-Acreditai tão somente [só] naquilo que saiu da boca deYaohushua demonstrando o AMOR e não naqueles que se julgaram inspirados por Deus, como o falso apóstolo Paulo!
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10-Como revelou a parábola do príncipe-plebeu, o mal gerado pelo preconceito não imperou, porém o amor renovou as esperanças.
IDENTIFICANDO UM FARISEU
NOTA: Os fariseus eram membros de um dos principais grupos religiosos dos judeus. Seguiam rigorosamente a Lei de Moisés e as tradições e os costumes dos antepassados. Acreditavam na ressurreição e na existência de seres celestiais. Os fariseus não se davam com os saduceus (Atos 23.8), porém se uniram para combater Jesus e os seus seguidores. Paulo era um fariseu.
11-O Novo Testamento tem 96 referências aos fariseus. (…) Tais fariseus são viciados em obedecer à lei, em sua íntegra, perfeitamente, e parecer bons perante os outros (cf. MT 23.5-7).
12-Como hipócritas, lavam a xícara por fora e deixam a sujeira por dentro. Pagam ostensivamente o dízimo a Deus, mas encontram meios legais para não pagar nada aos seus pais pobres. O fariseu, viciado em sua própria retidão, reza: “Ó Deus, eu te dou graças porque não sou como o resto dos homens…” e evoca todos os seus feitos bons (cf. Lc 18.11s).
13- Os fariseus abusam espiritualmente dos outros, impondo, em nome de Deus, leis opressivas a respeito de tudo, desde a obrigação de lavar as mãos (cf. Lc 11.38s) até a de jejuar (cf. MT 9.14). Isto não nos faz lembrar de um “famoso apóstolo”? (cf. capítulo 1.27-32 desta carta)
14- Eles se comportam como o deus deles, que ralha e diz: “Você devia… esforçar-se mais, ser mais obediente…” Os fariseus expressam claramente: “Eu devia” (para merecer o amor de Deus), em vez de: “Eu quero” (porque Deus já me ama).
15-Não apenas o Novo Testamento, mas também o Talmude critica com humor os padrões de vício religioso dos fariseus:
16-“Há sete tipos de fariseus: o fariseu ‘O que eu ganho com isto?’; o fariseu ‘Eu observo o dever’; o fariseu ‘Oh! Minha pobre cabeça’, aquele que anda na rua de cabeça baixa para não ver as mulheres e acaba dando de cabeça contra o muro; o fariseu-pilão, que anda tão arcado que parece a mão dentro do pilão; o fariseu ‘Qual é o meu dever para que eu possa cumpri-lo?’; o fariseu ‘Eu faço uma boa ação todo dia’; e finalmente, o único fariseu verdadeiro, aquele que é fariseu por temor de Deus e por amor a ele” (Henri Daniel-Rops, Daily Life in the Time of Jesus [New York: Hawthorne Books, 1962], 438).
17-E nos tempos atuais? Existem fariseus? Onde estão e como identificá-los?
18-Nos dias atuais só há um tipo de fariseu: aquele que admite ser um pecador, mas que se julga justificado pelo nome de Yaohushua. Este, sujeito a pecar todos os dias, considera-se um pecador diferente dos outros. Esta diferença, diz ele, está em não ter prazer nos pecados que comete e por se considerar “uma nova criatura”.
19-Assim, ele pode pecar ao longo de sua existência na terra, mas torna-se confiante da sua salvação, pois a Palavra diz que “há um advogado junto ao Pai para justificar tais pecados através de sua fé”.
20-Interessante é que tais “fariseus” (alguns religiosos fanáticos), também admitem que (para Deus) não há pecadinho ou pecadão, porém julgam alguns pecados como dignos de condenação eterna e outros não. E vão mais longe ao afirmar que os homossexuais “não herdarão o Reino dos Céus”.Mas esquecem completamente que Yaohushuatambém afirmou: “-Quem é o mais importante no Reino do Céu? (…) –Eu afirmo a vocês que isto é verdade: se vocês não mudarem de vida e não ficarem iguais às crianças, nunca entrarão no Reino do Céu” (Mt 18.1-2). Não conheço nenhum fanático religioso que age igual a uma criança perante o seu próximo. Você conhece?
21- Mas será que para Yaohushua existiu ou existe algum pecado que se sobressaia aos outros e que tenha mais peso no mundo espiritual ao ponto de proibirem a entrada no Reino? Qual destes “crentes em Cristo” tornaram-se iguais às crianças para entrar no Reino? A criança é pura e não vê maldade em nada (ou nos outros).
22- Será que quando Yaohushua estava diante daquela multidão e da mulher adultera; ao dizer “quem não tiver pecado que atire a primeira pedra”, ele não estava nos ensinando que para Deus todos os pecados cometidos por aqueles indivíduos eram iguais ao da mulher adultera?
23-Sendo assim, se nós cometermos uma simples mentira estaremos pecando do mesmo modo que outro que comete adultério. Pois qual dos simples mortais nascidos de novo ou não, não comete mentiras por menor que sejam?
24-Será que porque somos “novas criaturas ou nascidos de novo” estamos livres do pecado de uma vez por todas? Claro que não. Mas alguns religiosos acreditam que os homossexuais “ao aceitarem Yaohushua como seu Salvador”, são “curados” instantaneamente; porém estes [crentes em Cristo], mesmo admitindo sendo “novas criaturas e nascidos de novo” não conseguem parar de mentir e nem recebem “uma cura” para a mentira. “O diabo é o pai da mentira!”
YAOHUSHUA E A MULHER ADÚLTERA
25-Mas há quem crêia que depois da conversão religiosa, pecados são perdoados e não são mais cometidos como antes, baseados na suposta frase que Yaohushua falou: “… vai e não peques mais” (Jo 8.11).
26- Será que Yaohushua ao dá esta suposta ordem, ele realmente acreditava que aquela mulher não iria mais cometer pecados? Ou simplesmente ele estava dizendo: “…vai em paz porque ninguém te condenou, mas vê se não comete adultério novamente!”, porque tal “pecado” estava dentro de uma lei abusiva, desumana e impiedosa.
NOTA: “A coisa primária que deve ser dita sobre João 8.11 é que sua autenticidade é muito duvidosa. A passagem é omitida pela maioria dos manuscritos gregos antigos e pelos representantes mais antigos de cada tipo de evidência; testemunhas notáveis contra a sua inclusão no evangelho de João são p66, p75, B, os unciais2 N e W e vários códices e Pais antigos”. Para saber mais [Clique aqui!]
27- Yaohushua sabia que o que motivou a multidão a querer apedrejá-la foi o comando de uma lei e não o pecado de adultério. Pois se fosse o pecado, ninguém ousaria apedrejá-la sem um ato de misericórdia. Todos são (pecadores) iguais perante Deus.
28-Então como entender o discurso de alguns “seguidores de Cristo”, que se consideram salvos e justificados; separados do pecado e herdeiros do Reino dos céus?
29- Será que após seu “novo nascimento” tornaram-se completamente livres do pecado, com corpos incorruptíveis e vestes extremamente brancas como a neve? Será que mesmo cometendo “deslizes”, Yaohushua está à direita do Pai como advogado pleiteando suas causas?
30- Ou será que para Deus (ou Yaohushua) existem pecados para a morte e condenação e outros para a justificação através da fé?




Teonomia e a Mulher Adúltera  
Greg L. Bahnsen
Tradução: Felipe Sabino de Araújo Neto
1
A Penalidade para o Adultério. Referência deve ser feita aqui ao tratamento da 
segunda e terceira antítese de Mateus 5, feita anteriormente nesse tratado, bem 
como ao último capítulo sobre penologia. 
A Mulher Tomada em Adultério. A coisa primária que deve ser dita sobre João 
7:53-8:11 é que sua autenticidade é muito duvidosa. A passagem é omitida 
pela maioria dos manuscritos gregos antigos e pelos representantes mais 
antigos de cada tipo de evidência; testemunhas notáveis contra sua inclusão no 
evangelho de João são p
66
, p
75
, B, ) , , Q, os unciais
2
N e W, e vários códices e 
Pais antigos. Vários manuscritos daqueles que incluem essa passagem trazem 
asteriscos ou obeliscos, indicando certa dúvida sobre a passagem. Ela aparece 
em pelo menos três outras posições: após Lucas 21:28, após João 7:36, e após 
João 21:24. A passagem em si contém várias leituras variantes, seu estilo não é 
caracteristicamente Joanino, e mesmo informação esticométrica
3
sobre o 
evangelho de João implica sua ausência. Cada linha de pensamento lança grave 
dúvida sobre a autenticidade e, por conseguinte, autoridade da passagem. 
Portanto, esta tese não tem a obrigação de explicar João 7:53-8:11. Contudo, 
mesmo que essa passagem seja considerada como parte do autógrafo infalível do 
evangelho de João,
4
ao invés de enfraquecer a presente tese, ela a confirma 
fortemente! Cristo demanda que os próprios  detalhes da lei Mosaica sejam 
seguidos em João 8:7. Os fariseus que trouxeram a adúltera diante de Jesus 
estavam mais preocupados em pegar Jesus num dilema legal, do que com a 
inviolabilidade da lei moral de Deus; eles queriam encurralá-lo entre sustentar 
a lei do Antigo Testamento e se submeter à lei Romana que reservava para si o 
direito único de aplicar a pena de morte. Contudo, os escribas foram os que 
terminaram sendo pegos pela lastimável ignorância sobre a lei de Deus que 
tinham. Eles vieram para testar a Jesus, mas como em outras ocasiões, eles não 
                                               
1
E-mail para contato: felipe@monergismo.com. Traduzido em março/2008. 
2
Os manuscritos unciais (escritos em grego maiúsculo) destacam-se em relação aos manuscritos cursivos 
(escritos em minúsculo) devido principalmente ao fato de serem mais antigos, portanto mais próximos 
dos originais “autógrafos”. Estes manuscritos vão do século IV ao século X e suas letras eram bem juntas 
umas das outras a fim de economizar espaço no pergaminho. Há pelo menos 170 unciais de porções do 
Novo Testamento, sendo 44 deles escritos em folhas de pergaminho e não em rolos de papiro. (N. do T.) 
3
A esticometria era o sistema de escrever por esticos de modo que cada linha devia ter tantas sílabas 
como um hexâmetro (estico) isto é de 15 a 16 sílabas com 36 letras por linha. Neste sistema não se tem 
em conta o sentido, mas o número de sílabas, com o fim de pagar os copistas ou calígrafos, Esta forma foi 
comum nos copista bíblicos desde o século VI. Nos códices antigos encontram-se muitas abreviaturas, 
especialmente nos nomes sagrados. Exemplo: IC por Jesus Cristo. (N. do T.) 
4
Veja o excelente artigo do autor:  
http://www.monergismo.com/textos/bibliologia/inerrancia-autografos_bahnsen.pdf (N. do T.) Monergismo.com – “Ao Senhor pertence a salvação” (Jonas 2:9) 
www.monergismo.com
conheciam a lei. Deus requer, na acusação de crimes capitais, que as 
testemunhas que trazem a acusação contra uma pessoa sejam inocentes desse 
mesmo crime (Dt. 19:15);
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além do mais, a lei especificava que no evento da 
pena de morte, os acusadores tinham que lançar as primeiras pedras (Dt. 
17:7).
6
Cristo estava meramente reforçando as demandas precisas da santa lei 
de Deus em João 8:7;    aquele que estivesse sem pecado deveria atirar a 
primeira pedra. ) anama/rthtov  (“aquele que não pecou”) poderia 
possivelmente ser tomado como uma referência a Deus (O Santo) ou a 
qualquer ser humano executor que estivesse livre de todo pecado; contudo, 
essas duas interpretações são impossíveis. Cristo não está dizendo que a única 
pessoa que pode executar um violador de um crime capital é alguém que não 
possui nenhum pecado, seja qual for, pois isso contraditaria Romanos 13:4 (o 
qual, quando escrito, aplicava-se a Roma pecaminosa e aos seus imperadores 
perversos). E uma referência a Deus atirando uma pedra para punir um 
pecador nessa passagem seria absurda e irrelevante para a situação. 
) anama/rthtov  refere-se àquele que não cometeu o pecado  particular de 
adultério; a palavra é usada para denotar inocência de um tipo individual de 
pecado (ao invés de  todos os pecados) na literatura extra-bíblica (e.g., 2 
Macabeus 12:42, onde Judas ora para que seus homens fossem livres de um 
pecado particular, após descobrir que os soldados mortos tinham sido 
especificamente infiéis ao usar símbolos idólatras). Os acusadores da mulher, 
então, ou não eram testemunhas ou não estavam livres de adultério; assim, 
Cristo a despede com a admoestação para não pecar mais. A lei protege os 
direitos dos indivíduos acusados e demanda que o caso contra eles seja sólido 
e legal, antes de privá-los de suas vidas. João 7:53-8:11, mesmo se autêntico, 
não apoia o relaxamento dos detalhes da lei de Deus; ele se harmoniza com as 
palavras de Cristo em Mateus 5:17s., ou seja, que cada jota e til  da lei de Deus 
permanece válido até o fim do mundo. 
Portanto, vemos agora que aquelas passagens e assuntos
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aos quais se apela 
mais comumente para nulificar a responsabilidade do cristão para com a lei de 
Deus, desacreditam a validade da lei de Deus somente na aparência. O que Cristo 
afirmou em Mateus 5:17-20 não é contradito em nenhum outro lugar no 
Novo Testamento. A verdade de Deus é uma! 
Fonte: Theonomy in Christian Ethics,  
Greg L. Bahnsen, p. 228-30.
                                               
5
“Uma só testemunha contra alguém não se levantará por qualquer iniqüidade, ou por qualquer pecado, 
seja qual for o pecado que cometeu; pela boca de duas testemunhas, ou pela boca de três testemunhas, se 
estabelecerá o fato”. 
6
“As mãos das testemunhas serão primeiro contra ele, para matá-lo; e depois as mãos de todo o povo; 
assim tirarás o mal do meio de ti”. 
7
Entre as passagens e assuntos discutidos pelo autor no capítulo do qual retiramos esse trecho, podemos 
citar: a teologia paulina, as declarações em Gálatas, Romanos 3:27, Romanos 6:14, Romanos 7:4, 
Romanos 10:4, 2 Coríntios 3, Tito 3:9, Atos 15 e 21:19-26, Hebreus 7:11-12, João 1:17, Lucas 16:16, 
Marco 7:1-23, o sábado, etc. (N. do T.